2 de julho de 2009

Se eu pudesse calar

Oiço o mar rugir
Neste céu escuro
E deixo-me dormir
Num lugar seguro

No pontal mais alto
Onde a paz assalto
Junto com a liberdade
Quero mais verdade

Ah se eu pudesse calar
A voz do mundo agreste
A voz de quem não sente
Hum! E encontrar o mar
Sem nunca mais falar
E sempre mais ausente


Lá de cima vejo
Um olhar premente
E, então, desejo uma voz urgente

Uma voz tão pura
Que este mar tortura
Que se sente em igualdade
Na felicidade

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